Espécie endêmica do Brasil (Lohmann, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Ilhéus e Jaguaripe —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Conceição da Barra, Linhares, Santa Leopoldina, Santa Teresa e Vila Velha —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Descoberto, Itambé do Mato Dentro, Itueta, Rio Pomba e Santa Rita do Itueto —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Angra dos Reis, Arraial do Cabo, Campos dos Goytacazes, Guapimirim, Mangaratiba, Nova Iguaçu, Paraty, Rio Bonito e Rio de Janeiro —, e no estado de São Paulo — nos municípios Cubatão, Guareí, Iguape, Leme, Peruíbe, Praia Grande, Santos e Ubatuba.
Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau é uma árvore com até 8 m de altura, popularmente conhecida como Cova de onça e tabebuia (Gentry, A.H., 1992). Possui registros em diversos municípios do Brasil. Ocorre no Cerrado e Mata Atlântica, em diferentes fitofisionomias. Apresenta um extenso EOO= 397233 km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Somado à isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, Tabebuia obtusifolia foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento. Demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | LC |
Descrita em: Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren. Kjøbenhavn 1893: 113, 1894. É afim de Tabebuia cassinoides, mas difere por pelo cálice visivelmente estriado maior, disco maior, anteras subexsertadas, fruta mais espessa com válvulas mais lenhosas, sementes maiores, etc. Vegetativamente, parece diferir consistentemente na falta de uma área glandular bem desenvolvida na base da lâmina da folha abaixo. Popularmente conhecida como Cova de onça e tabebuia (Gentry, A.H., 1992).
Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 5 – 15 anos (L.G. Lohmann com. pess. 2021).
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Campinas - 18 (SP), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (SP), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá - Perímetro Botucatu, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Mangaratiba, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental de Tamoios, Área de Proteção Ambiental de Tinguá, Área de Proteção Ambiental do Alto Iguaçu, Área de Proteção Ambiental do Itacuru, Área de Proteção Ambiental do Parque Municipal Ecológico de Marapendi, Área de Proteção Ambiental Municipal Serra do Sambê, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Floresta Nacional de Rio Preto, Parque Estadual Cunhambebe, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual do Prelado, Parque Nacional da Tijuca, Parque Natural Municipal da Cidade, Parque Natural Municipal de Marapendi e Reserva Extrativista Marinha Arraial do Cabo. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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3. Medicine - human and veterinary | natural | root |
A árvore é colhida na natureza para uso local como medicamento. A casca é diurética. A raiz é usada para tratar enterite crônica, diarreia, disenteria e catarro intestinal. Também é utilizado para aumentar o apetite, ajudar na digestão e tratar a anemia (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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10. Wearing apparel, accessories | natural | stalk |
A árvore é colhida na natureza para uso local como fonte de madeira. A madeira branca pega bem as unhas e não racha nem deforma ao secar. É usado para fazer sapatos de madeira. É utilizado principalmente para a confecção de caixas, mas também para carpintaria em geral, revestimentos internos, remos, instrumentos de cordas, fósforos. É tradicionalmente utilizado para a confecção de canoas e pequenos barcos (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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8. Fibre | natural | stalk |
A casca e a raiz produzem uma cortiça (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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13. Pets/display animals, horticulture | natural | whole plant |
The presence of this tree growing in the wild probably provide a good indication that the soil can grow good crops of rice. In the wild, can be found in a range of soils, that are either marshy or subject to seasonal inundation. The plant is tolerant of some salt in the soil (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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