Bignoniaceae

Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau

LC

EOO:

465.363,731 Km2

AOO:

208,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Lohmann, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Ilhéus e Jaguaripe —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Conceição da Barra, Linhares, Santa Leopoldina, Santa Teresa e Vila Velha —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Descoberto, Itambé do Mato Dentro, Itueta, Rio Pomba e Santa Rita do Itueto —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Angra dos Reis, Arraial do Cabo, Campos dos Goytacazes, Guapimirim, Mangaratiba, Nova Iguaçu, Paraty, Rio Bonito e Rio de Janeiro —, e no estado de São Paulo — nos municípios Cubatão, Guareí, Iguape, Leme, Peruíbe, Praia Grande, Santos e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau é uma árvore com até 8 m de altura, popularmente conhecida como Cova de onça e tabebuia (Gentry, A.H., 1992). Possui registros em diversos municípios do Brasil. Ocorre no Cerrado e Mata Atlântica, em diferentes fitofisionomias. Apresenta um extenso EOO= 397233 km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Somado à isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, Tabebuia obtusifolia foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento. Demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren. Kjøbenhavn 1893: 113, 1894. É afim de Tabebuia cassinoides, mas difere por pelo cálice visivelmente estriado maior, disco maior, anteras subexsertadas, fruta mais espessa com válvulas mais lenhosas, sementes maiores, etc. Vegetativamente, parece diferir consistentemente na falta de uma área glandular bem desenvolvida na base da lâmina da folha abaixo. Popularmente conhecida como Cova de onça e tabebuia (Gentry, A.H., 1992).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Tempo de geração:

Detalhes: range 60 /180
Justificativa:

Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 5 – 15 anos (L.G. Lohmann com. pess. 2021).

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Árvore com até 8 m de altura (Gentry, A.H., 1992). Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em Floresta Ombrófila e Restinga (Lohmann, 2020).
Referências:
  1. Gentry, A.H., 1992. Bignoniaceae - Part II (Tribe Tecomeae). Flora Neotrop. 25, 1–370.
  2. Lohmann, L.G., 2020. Tabebuia. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB114314 (acesso em 08 de setembro de 2021)

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Campinas - 18 (SP), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (SP), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá - Perímetro Botucatu, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Mangaratiba, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental de Tamoios, Área de Proteção Ambiental de Tinguá, Área de Proteção Ambiental do Alto Iguaçu, Área de Proteção Ambiental do Itacuru, Área de Proteção Ambiental do Parque Municipal Ecológico de Marapendi, Área de Proteção Ambiental Municipal Serra do Sambê, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Floresta Nacional de Rio Preto, Parque Estadual Cunhambebe, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual do Prelado, Parque Nacional da Tijuca, Parque Natural Municipal da Cidade, Parque Natural Municipal de Marapendi e Reserva Extrativista Marinha Arraial do Cabo.

Ações de conservação (4):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural root
A árvore é colhida na natureza para uso local como medicamento. A casca é diurética. A raiz é usada para tratar enterite crônica, diarreia, disenteria e catarro intestinal. Também é utilizado para aumentar o apetite, ajudar na digestão e tratar a anemia (Tropical Plants Database, 2021).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2021. Tabebuia obtusifolia. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Tabebuia+obtusifolia (acesso em 20 de setembro de 2021).
Uso Proveniência Recurso
10. Wearing apparel, accessories natural stalk
A árvore é colhida na natureza para uso local como fonte de madeira. A madeira branca pega bem as unhas e não racha nem deforma ao secar. É usado para fazer sapatos de madeira. É utilizado principalmente para a confecção de caixas, mas também para carpintaria em geral, revestimentos internos, remos, instrumentos de cordas, fósforos. É tradicionalmente utilizado para a confecção de canoas e pequenos barcos (Tropical Plants Database, 2021).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2021. Tabebuia obtusifolia. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Tabebuia+obtusifolia (acesso em 20 de setembro de 2021).
Uso Proveniência Recurso
8. Fibre natural stalk
A casca e a raiz produzem uma cortiça (Tropical Plants Database, 2021).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2021. Tabebuia obtusifolia. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Tabebuia+obtusifolia (acesso em 20 de setembro de 2021).
Uso Proveniência Recurso
13. Pets/display animals, horticulture natural whole plant
The presence of this tree growing in the wild probably provide a good indication that the soil can grow good crops of rice. In the wild, can be found in a range of soils, that are either marshy or subject to seasonal inundation. The plant is tolerant of some salt in the soil (Tropical Plants Database, 2021).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2021. Tabebuia obtusifolia. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Tabebuia+obtusifolia (acesso em 20 de setembro de 2021).